Principais conclusões ✍️
✨ A inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços. A taxa de inflação é um forte indicador da saúde de uma economia.
✨ As taxas de inflação e de juros estão fortemente ligadas. Quando os preços dos bens e serviços aumentam, as taxas de juros também tendem a aumentar. Isto pode ter impacto nos ativos de risco.
✨ O Bitcoin é muitas vezes descrito como um “hedge” de inflação devido à sua quantidade limitada. No entanto, essa ideia tem sido muito debatida.
Se você tem acompanhado as notícias recentes, provavelmente ouviu falar muito sobre a inflação. Esse assunto tem sido bastante discutido, com muitos países ocidentais enfrentando um aumento significativo nos preços de bens e serviços.
Isso tem levado os principais bancos a tomarem medidas para tentar controlar os efeitos da inflação, como aumentar as taxas de juros. Mas o que causou essa crise? Na verdade, foi uma série de fatores que contribuíram para isso. Desde os gastos dos governos à guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
E embora os bancos centrais tenham agido, o impacto do aumento dos preços continua a ser sentido em todo o mundo. Neste artigo vamos descomplicar tudo isso e explicar como a inflação pode afetar a economia dos tokens.
Atenção: Investir em criptoativos envolve assumir riscos. Devido à natureza volátil do mercado cripto, os investidores podem estar sujeitos a perder seus fundos quando compram tokens. Os retornos dos investimentos em criptoativos não são garantidos, portanto usuários do nosso aplicativo devem estar sempre cientes dos riscos.
O que é a inflação? 📈
A inflação pode ser comparada a um monstro voraz que devora o poder de compra do dinheiro. Quando ela aparece, os preços sobem, e nosso dinheiro vale cada vez menos.
Vamos imaginar que, em 2022, você conseguia compra uma caixa de seis ovos por R$ 6. Se a taxa de inflação é de 10% então, em 2023, a mesma caixa sai por R$ 6,60. Ou seja, depois dos efeitos da inflação, R$ 6 já não conseguem comprar a mesma quantidade de ovos que comprava antes. É como se o dinheiro estivesse encolhendo.
Mas a inflação também pode ser vista como um termômetro da saúde econômica de um país. Os economistas e os bancos centrais, como a Reserva Federal dos EUA e o Banco da Inglaterra, até consideram que uma inflação modesta, em torno dos 2%, em suas políticas monetárias é um sinal positivo. Isso significa que a economia está evoluindo e as coisas estão acontecendo. Porém, nos últimos dois anos, os preços dos alimentos e da energia dispararam mundialmente, e a inflação tem sido uma preocupação crescente.
Nota: A política monetária refere-se a como os principais bancos controlam as taxas de juros e a quantidade de dinheiro circulando. Por outro lado, a política fiscal se refere ao controle dos gastos do governo. A política monetária e fiscal são as duas principais alavancas que impactam uma economia 💡
Diversos fatores têm contribuído para esse aumento nos preços. Tudo começou com os gastos governamentais para enfrentar a pandemia do coronavírus em 2020. De seguida veio a crise geopolítica causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022. Ela afetou os custos de mercadorias como gás e trigo, levando a aumentos nos preços ao redor do mundo.
Em países como os Estados Unidos e o Reino Unido, a inflação tem ultrapassado os 10% ao ano. Isso tem gerado impactos significativos no custo de vida dos brasileiros, onde o custo de vida tem aumentado bastante, em especial nos gastos com alimentação e saúde.

Quando a inflação fica alta demais, ela leva consigo as economias das pessoas e o seu poder de compra. No pior dos cenários, ela pode chegar a evoluir para uma hiperinflação, onde os preços sobem a uma velocidade vertiginosa. Nos últimos anos, países como a Venezuela e a Argentina têm lutado contra a hiperinflação.
Como os bancos controlam a inflação 🏦
Os bancos centrais usam as taxas de juros para controlar a inflação. Eles ajustam essa taxa, buscando o equilíbrio perfeito para manter o aumento dos preços sob controle.
Quando as taxas de juros estão elevadas, o custo de tomar empréstimos e gastar dinheiro se torna mais alto. Isso faz com que as pessoas gastem menos, desacelerando a economia e ajudando a conter a inflação. Por outro lado, quando as taxas de juros são baixas, as pessoas tendem a gastar mais. Isso impulsiona a economia, mas também vem existe do risco de aumentar a inflação.
A inflação e as taxas de juros têm uma relação muito forte entre elas e desempenham um papel importante na economia de um país.

A Reserva Federal dos EUA, considerado o banco central mais poderoso do mundo, tem estado de olho na inflação nos últimos anos. Ela tem aumentado as taxas de juros várias vezes desde o início de 2021 e a Federal Funds Rate, que é a taxa de juros dos fundos federais. Hoje, elas se encontram nos 4,75% a 5%, demonstrando o seu compromisso em combater a inflação.
A decisão de ajustar as taxas de juros não é simples. A Reserva Federal dos EUA monitora de perto não apenas a inflação, mas também a taxa de desemprego. É importante buscar um equilíbrio entre o controle da inflação e a manutenção de um alto nível de emprego.
Ainda que a inflação tenha diminuído nos últimos meses, a taxa de desemprego ainda não atingiu seu pico, indicando que o banco central pode ainda não estar pronto para parar de aumentar as taxas.
Bitcoin como “ouro digital” 💵
Quando as taxas de juros sobem, as pessoas tendem a procurar formas de garantir um rendimento seguro com suas economias. Isso significa que o valor de ativos de “risco”, como as criptomoedas, baixa à medida que as pessoas se refugiam nas moedas tradicionais.
Nota: ativos de “risco” são ativos que têm algum grau de risco devido a fatores como a volatilidade de preços. 💡
No entanto, alguns ativos são considerados como opções de proteção em momentos de incerteza econômica. O ouro e o mercado imobiliário, por exemplo, são tradicionalmente vistos como “hedges” de longo prazo contra a inflação.
Nos últimos anos, alguns defensores das criptomoedas têm promovido o Bitcoin como um “hedge” de inflação. Ele é conhecido como o “ouro digital” pois tem um suprimento máximo fixo de 21 milhões de BTC, ao contrário das moedas fiduciárias como o dólar e o real que podem ser impressas ilimitadamente pelos bancos centrais.
Nota: Os investidores fazem operações de “hedge” para se protegerem contra a volatilidade dos preços ou outros tipos de risco. Os ativos considerados “hedge” de inflação devem ajudar a preservar o poder de compra do dinheiro investido neles. 💡
No entanto, embora a narrativa do “ouro digital” seja popular, o Bitcoin ainda não mostrou provas de ser um hedge de inflação. Tal como vimos após os eventos de 2022, o Bitcoin e outros criptoativos são negociados com uma estreita correlação com o mercado de ações. Isso significa que eles também são afetados pelas elevadas taxas de inflação e juros.
Saiba mais 💫
A inflação e as taxas de juros são pilares fundamentais da economia, e entender seu impacto é essencial para navegar no cenário financeiro global. Ao compreender como o aumento dos preços afeta os ativos, você estará melhor preparado para compreender o Bitcoin. Assim poderá aproveitar melhor todas as oportunidades no emocionante mundo dos tokens, ajudando-o a construir o seu caminho para o sucesso.
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